sábado, 27 de novembro de 2010

a Chave



Faz um tempo que venho pensando nisso. Isso o quê? Respondo: a gratidão.
Se eu pudesse compará-la a um objeto, compararia-na a um chave. A chave é um objeto tão pequeno...mas é essa mesma que é capaz de impedir ou permitir a entrada de uma pessoa a determinado lugar. A chave é a guardiã e a permissora dos acessos! Assim é a gratidão...Como uma chave...Capaz de abrir portas...Toda vez que "usamos" a gratidão adquirimos nosso ingresso a uma nova dimensão... Se a tivermos em nossos corações, teremos sabedoria.

A pessoa que tem um espírito grato não é triste, mas satisfeita, e assim: feliz. Ser grato é conseguir olhar pra dentro de si - para quem se era e pra quem se é hoje - notar as melhorias, entender que se não fosse por causa daquela tal situação, ou a pela ajuda daquela tal pessoa, essa melhoria não se daria....Ser grato é ter inteligência e humildade para reconhecer...Reconhecer que erramos, reconhecer o esforço do seu próximo, reconhecer que que nunca seremos completos (mas que precisamos de ajuda e também precisamos ajudar)...

Sempre que fazemos esses auto-exames (de olhar para si e também para o mundo) damos nossos passos rumo ao crescimento. Quem tem o espírito grato vai mais longe...Sempre avança, sempre se dá a oportunidade de ser melhor, nunca fica preso. É isso o que acontece quando usamos a chave...

terça-feira, 2 de novembro de 2010

O mais importante...


Nunca duvidei disso, mas hoje, mais do que nunca, posso afirmar: a amizade faz de nós pessoas melhores.
Hoje, saí com um amigo que fazia muito tempo que não o via. Naqueles momentos sentí uma grande alegria. A alegria de poder, naqueles instantes, constatar que nada havia mudado. Que o tempo, a distância, os caminhos diferentes...tudo aquilo caiu por terra hoje, pela manhã. Era como se, de repente, eu tivesse sido sugada por uma maquina do tempo e fosse transportada para o passado (de dois anos atrás); tempo de boas lembranças, bons amigos (os melhores q eu já tive). Isso tudo me trouxe uma felicidade instantânia, a felicidade de ainda ser querida apesar da tanta coisa...
Acho que viver sem amigos de verdade, não é viver...Uma boa amizade faz milagres em nossos corações. Aquece a alma, nos dá vontade de rir e sorrir. Tira de forma eficaz o peso do cansaço, das frustrações, das mágoas, com a simples presença daquele(a) a quem prezamos. Como é bom rever pessoas que pensam como a gente, que agem como a gente, que tem os mesmos valores!... E que, não importa o tamanho da mancada que você tenha dado, perdoa e sempre estará lá...sempre propondo uma reconciliação...Sempre estendendo o ombro...Hoje consigo entender de de forma mais profunda os versos da "Canção da América" ("Amigo é coisa para se guardar debaixo de sete chaves, dentro do coração...")
Hoje penso que uma boa amizade é o patrimônio de maior valia que adquirimos nos anos. É ela que (na grande maiorida das vezes) é a responsável pelas nossas melhores lembranças, logo, o melhor da vida. Afinal de contas, o que levamos de melhor para o túmulo senão as boas lembraças de uma vida???....

Obrigada, amigos! Vocês são os meus principais e melhores bens! Amo a todos!

Danke für alles.

.......S2........

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

26/10/2010


Gosto

Gosto do seu cheiro.
Gosto do seu sorriso.
Gosto do seu jeito simples, fácil, compreensível (até didático, eu diria!)
Gosto dos seus olhos.
Gosto de receber o seu abraço manso.
Gosto da maneira como você fecha os olhos quando eu deixo meus dedos brincar no seu rosto.
Gosto do conforto e o alívio que a sua companhia me traz.
Gosto de passear as minhas mãos entre os pelinhos do seu braço...
Gosto do seu colo.
Gosto do seu beijo e como ele sempre traz benefícios instantâneos ao meu coração: cânfora para a alma. A saúde na minha loucura (como disse Guimarães Rosa)...
Danke für alles....

sábado, 25 de setembro de 2010

A Calopsita


Ela era linda. Branquinha de topete amarelo. Como toda calopsita que já ví, vivia numa gaiola. Coitada...Tão linda, tão limitada... Na gaiola que vivia era impossível (tão somente) abrir as asas.
Passava a maior parte do dia só vendo, mas nunca vivendo. Pobre ave!
Essa que deveria exibir a sua beleza pelas árvores.
Que Foi projetada pela natureza para ser conquistadora dos céus.
Polinizadora de flores (talvez).
Semeadora de novos verdes ao almoçar frutinhos.
Tantas tarefas singelas, porem gloriosas para realizar...
Era impossível fazer tudo isso dentro de uma gaiola.
Há quem diga que essas aves não saberiam sobreviver se fossem libertas. Que morreriam de fome. Que não encontrariam boa morada. Que ficariam doentes....


Porquê subestimamos tanto a vida, os seres vivos e as pessoas? Porquê duvidamos tanto daquilo que elas podem realizar, daquilo que elas já foram projetadas para fazer?

sábado, 18 de setembro de 2010

Faith


O que pode a igreja de Cristo realizar? Muitas coisas....Coisas incríveis! Tantas quanto a sua fé for capaz de imaginar! Tanto para o bem quanto para (infelizmente) o mal. Eu queria *muito* nunca me esquecer disso. Jamais. Tomar posse, todos os dias, da herança gloriosa, espantadora e emocionantemente *simples* que o meu Pai Celeste me deu. ='D Quero viver *muitos* dias pra em cada um deles poder exercitar esse presentinho glorioso: a Fé... E poder dar/dividir a/com todos que quiserem os bens e a herença que eu recebí (gratuitamente) dos céus! A alegria de viver hora materialmente e hora no mundo dos sonhos, do impossível, o melhor do mundo espiritual!

"A fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não vêem" (Bíblia sagrada livro-> Hb 11.1)

Ter Fé é mais do que acreditar, é confiar. É ter a tranquilidade de se ver entre "a cruz e a espada" e saber que essa situação é simplismente momentânea...É não sentir-se preso... É levar um tapa na cara e dar risadas, achar graça, e saber que será desse tapa que a vitória vira...É absurdo! Parece loucura, e eu *Amo* toda essa loucura! É conseguir sentir-se no céu mesmo estando em um abismo escuro e sem saída...É não conseguir duvidar das obras que Cristo ainda irá realizar...É chamar À existência aquilo que não existe...Não é à toa que na Bíblia, no livro de Gálatas(3.11) diz que o Justo viverá pela fé!....

O meu maior desejo é que eu possa dividir com o maior número de pessoas que eu conseguir, todas essas coisas que o Senhor me deu (na verdade, na verdade, *nos* deu). Queria conseguir dividir *exatamente* a mesma alegria, esperança, vontade de pular, dançar, bater palmas, rir e chorar que eu estou sentindo agora só em pensar nisso tudo! Em pensar em tudo que Cristo, tão fácil me deu... Meu coração arde nesse instante...Mas não é dor...Muito pelo contrário! É muuuuuuuito bom ='D!!!!!!É VIDA...E VIDA COM CRISTO!!!!


Galera, esse meu texto parece maluco e bem desconexo...mas faz todo o sentido quando se vive o que eu estou vivendo! A mensagem principal é: queiram conhecer a Cristo!. E depois tirem a prova se tudo isso que eu escrevi é verdade ou mentira. Se é verdadeiro ou falso. Se é sanidade ou loucura!

Tenham coragem suficiente pra duvidar de mim e querer "tirar a prova", suas próprias conclusões. Vão em frente=D!!!! Não tenham medo!

Que Deus guie a todos! =']

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Canseira



Já faz um tempo q vivo descobrindo o sentido(ou grande parte dele) dessa palavrinha asquerosa...Sei lá, não gosto de me sentir cansada. Isso me limita bastante. Queria mais coragem pra poder tomar conta do meu ("pequeno") nariz. Queria mais autoridade pra controlar/manipular meu estado de espírito...Não me sentir tão impotente...Tão incompetente nas coisas que eu faço/realizo...Dar passos de tartaruga...Queria poder dominar as minhas fraquezas, minhas canseiras...Queria chorar menos...Queria ser uma solução e não um peso morto...Estou cansada desse "choque térmico" de espírito...Farta de alegrias imediatamente seguida de um belo banho de água fria...Uma bela "caída na real"...Nossa...Será mesmo que as coisas precisam ser mesmo tão difíceis?? Será?.....Cansada....Mas não posso, ainda tem muito pela frente...muito *tudo* pra resolver....

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Amor...



Nesses últimos dias leio essa palavra e, instantaneamente, me ponho a pensar...Já li tantas definições, ICoríntios cap.13(Bíblia Sagrada), Camões, definições de dicionários... Quanto mais definições e obras eu leio mais reflexões distintas me vêm em mente...Difícil definí-lo em rápidas e curtas palavras: sinônimos. Penso que definir essa tão pequena palavra é uma tarefa muito individual, cada um define como pensa, como sente, como vê...E (importante) como aprende a exercer durante a vida...

Minha definição de amor? Hummmm...Nossa, muitas coisas...Penso que o amor é um estado de espírito sublime que me faz sair de mim própria e alcançar ao outro. É quando a gente consegue enxergar o mundo a nossa volta e não a apenas nós mesmos. É quando a gente fica no escanteio, sai um pouco de foco e dá lugar (voluntariamente e inconsciente) àquele(a)(s) a quem(aos quais) se preza(m). E, mais do que olhar para o outro: senti-lo. É conseguir (não por força ou obrigação) sintonizar-se com o outro...É despir-se do próprio orgulho. É silenciar nossos preconceitos. Muitas vezes, até mesmo, entrar em contradição...(quantas vezes disse a mim mesma que não amaria mais ninguém! Ou que jamais choraria por homem algum!....risos!)
Quando amamos, não queremos mais lutar, e, principalmente vencer sozinhos. Queremos sempre ter alguém por perto para poder dividir nossas dores, frustrações, incapacidades (Aprendo com isso a pedir ajuda...). Também Dividir risos, abraços e beijos sinceros, histórias engraçadas, peripécias do dia-a-dia, refeições, sonhos, planos, futuro, vitórias....Ah!...vitórias! =D

Amar também implica em assumir riscos, dar passos no escuro. É como sair de um quarto iluminado (onde tudo está visivelmente no seu lugar) e caminhar para fora. Para onde? Não se sabe ao certo =/, pois o caminho é difuso, sem sinalizações, labiríntico, hora iluminado e hora não...Mas mesmo assim, continuamos no caminho, caminhando....caminhando...caminhando...

A grande descoberta é que nesse caminho ganhamos, pouco a pouco: coragem. Coragem pra continuar andando e, se quiser , até correr! Saltar de um penhasco e ter a confiança de que não cairemos! Com essa coragem adquirida, transpomos montanhas. Barreiras. As que começam em nós e as que começam nos outros...Sabe? O amor nos torna mais humanos...Hoje sou grata por amar alguém e por poder sentir-me mais humana...Também fico imensamente feliz por (saber e sentir) ser corespondida...<3 Como se diz por aí: o amor é lindo!


(obs: Obrigada Thiago ='])

sábado, 7 de agosto de 2010

Momento epifânico


Gostaria de dividir essa pequena experiência com todos vocês, mais uma vez. Foi um momento bem especial pra mim, nunca me esqueci dele (e olha que já faz muito tempo que esse relato já aconteceu, acho que, no mínimo uns três anos atrás!).
Estava eu nas longas escadas rolantes da estação Tucuruví do metrô. Estava descendo para ir em direção a minha rotineira viagem de metrô que começava no Tucuruví e terminava na estação da Luz. Eu me encontrava devorando um saco de salgadinhos enquanto observava um casalzinho de meninos de rua. Eles estava se divertindo muito! Subiam e desciam as escadas rolantes;apostavam corrida; tentavam descer na escada que subia; subir na que descia; riam alto e gritavam exultantes, uma verdadeira farra! Farra contagiante!
Eu observava em silêncio enquanto sorria por dentro, contagiada com aquela festa simples. Chegou um momento em que os meninos atravessaram correndo a escada em que eu estava. A menina, mais velha, por ser mais rápida passou por mim primeiro e me ultrapassou, mas parou. Deu dois passos pra trás! Ela, atraída pelo saco de Doritos que eu estava comendo, voltou e me pediu um pouco. Eu, que não consigo negar comida, disse a ela que juntasse as mãos (para que eu pudesse despejar um punhado nas mãos dela). Ela me obedeceu! Juntou as mãos e recebeu feliz os salgadinhos. Terminada a adoção do novo bem, ela continuou correndo escadaria abaixo! O menininho, que aparentava uns cinco ou seis anos, menos ágil que a garota (que aparentava uns onze) veio logo atrás. Ele, vendo que a sua companheira de brincadeiras acabara de ganhar algo interessante, ficou com vontade. Como ela, também passou por mim e me pediu um pouco do que ela havia recebido! Eu fui dar a ele, mas confesso que um pouco desapontada porque não havia restado muita coisa...Tinha dado muito a garota...Mas aquilo que tinha no saco eu despejei nas mãozinhas do menino. Olhei pra ele e disse, brincando:
"Ei, você precisa ser mais esperto! A sua amiga passou na frente e eu dei quase tudo pra ela! Sobrou pouco pra você...Não deixe te passarem pra trás não ,hein?!"
Ele, com uma intimidade muito doce olhou no meu rosto, instantaneamente me abriu um sorriso lindo e verdadeiro! Foi o sorriso que abriu o sol no meu dia.....(Ele sorriu por gratidão, por mais que o salgadinho recebido, mas pela atenção e pelo que as minhas palavras tinham acabado de produzir nele....) Meus Deus! --Pensei... Naquele momento ele já não era mais um menino-de-rua, mas uma criança.......Como qualquer outra......Dona de um coração bom e cheio de sonhos infantis...Dona de um longo caminho pela frente....Longo e duro, mas mesmo assim, era capaz de fazer da vida uma farra e dar um sorriso tão precioso pra uma estranha....

sábado, 31 de julho de 2010

Tolerância ZERO!


A Haifa tem um nome.
A Haifa tem uma índole.
A Haifa tem seu orgulho.
A Haifa tem a sua honra.
A Haifa tem seus princípios, tem seus valores...
E por tudo isso que a Haifa tem, tem seus limites!
A Haifa quer respeito!
Daqui pra frente todos hão de respeitar os limites dela!
Soou como uma ameaça?
Ótimo!

segunda-feira, 26 de julho de 2010

26/07/10


Sem dúvida, é mais fácil brigar do que ajudar....Brigando se externa algo ruim de dentro de você na qual quer-se livrar. Assim, se remove o peso da raiva que se está sentindo. Tira-se o peso da raiva que está em VOCÊ e se transmite (na verdade: joga-se) a OUTRO...Geralmente, o OUTRO costuma ser EU...Estou cansada de ser esse "ALVO"...Hoje eu não quero ver ninguém, falar com ninguém...Não quero sair do meu quarto...

terça-feira, 13 de julho de 2010

Individualidade


A vida em família coopera para a nossa desenvoltura como pessoa, como participantes da sociedade, é nela que aprendemos a dividir bens, afeto e atenção bem como somar experiências, cultura, valores centrais que nem mesmo sonhamos quando somos concebidos, e agrega uma valores fundamentais para a sobrevivência...Mas até quê ponto a relação familiar deixa de ser construtiva para ser destrutiva?
Penso que toda vez que a rotina e o costume da intromissão, mecânicos, te impedem de ser quem realmente se quer ser...Sempre quando uma tradição, excesso de cuidados ou demasiado desleixo, falta de diálogo (me refiro aquele: "Sinto que você está um pouco chateado(a),quer conversar?" E não aquele: "Oi, tem mortadela na geladeira." ) falta de paciência se tornam constantes no viver em conjunto, isso poda as forças, fazem do nosso lar -- que deveria ser um abrigo, recanto do aconchego -- um verdadeiro reino animal. Vence o mais forte! Ou seja, aquele que fala mais alto, ou aquele que é mais chato e insistente, ou aquele que sabe como criar um bom escarcel, ou tudo isso junto! O "Leão"... Quando começamos a aprender a fazer escolhas, andar com as próprias pernas, ter jeito e opinião própria, automaticamente buscamos a nossa individualidade. Com ela vem os sonhos, com os sonhos os projetos, com os projetos as táticas e assim vai. Oh! como tudo isso nos impulsiona! Por outro lado, como a repetição de más manias unidas a falta de interesse em evoluir de quem as pratica são um banho de água fira! É como se todo o tempo que se gasta sonhando, planejando e executando fossem perdidos, grande perca de tempo! Como se fossemos grandes imbecis em tê-lo gasto com tudo isso e que a vida, na verdade existe pra ser ridiculamente vivida somente da mesma forma até morrer...Esse (Como posso chamar?) "choque térmico" de estados de espírito atravanca, de certa forma, o desenvolvimento da individualidade...Acho que no fundo,todos concordam comigo. Mas só bem lá no fundo, porque nas camadas mais rasas do nosso intelecto não! Sim! Isso mesmo! Pois todos os dias repetimos os mesmos erros, e até os erros que recriminamos em nossos pais...Sim, porque agir mecânicamente é mais fácil, ainda mais quando faz parte da nossa "zona de conforto"! Ou seja, quando é mais fácil cobrar a sua mãe que lave sua camisa para amanhã, faça a janta, a relação das tarefas do dia seguinte, que organize suas contas à pagar,guarde as coisas que ficaram espalhada, enquanto se assenta, joga um sapato pra um lado e outro para outro, e assiste-se a televisão..."Estou cansado(a), trabalhei demais!"....Acho que isso talvez não seja pior do que reconhecer-se nessa situação e continuar igual, não fazer o mínimo esforço para evoluir! Talvez também não seja pior do que arrumar porcamente um cômodo da casa e achar que a sua "dívida" foi paga. A justificação de continuar displicentemente a agir a cobrar, ainda mais, de terceiros aquilo que não foi feito! É sempre mais confortável ter na família aquele(a) que pensa, gerencia, e age por si e por todos...Essa vida, viciada, em família se torna um atraso no alcance da plena individualidade para ambos os lados da moeda. Tanto daquele que vive por todos quanto daquele que prefere ser sempre regido... Hoje sou jovem, sonho com a minha vida própria. Meu caminho. Minha estrada: seguir sozinha. mas sei que haverá um tempo em que eu quererei parar na beira da estrada, plantar uma árvore, vê-la crescer e edificar à sua sombra um lar...Passado um bom tempo vou requer reler esse texto e poder dizer que tal relação destrutiva não aconteceu! Que homens e/ou mulheres bons foram criados e que estão mudando o mundo com as suas mãos (e com os seus corações) agora...


O meu maior medo agora vou eu declarar (Medo até mesmo maior que eu!):
Não quero relê-lo e dizer a mim mesma:
"Hipócrita! Pensaste de uma forma e não melhorou! Não mudaste.
Mantivestes repetindo o que disse que mudaria!"

terça-feira, 6 de julho de 2010

rote Brille


Por detrás de um par de óculos vermelhos exitem duas janelas redondas. Janelas escuras, quase negras. Atrás destas existe uma alma. Uma alma que canta, que chora, que pragueja, que rí. Ela é a grande responsável e alimentadora de sonhos, a força motriz dos desejos. Uma alma que luta por manter todo um conjunto de setores em equilíbrio: corpo, mente, espírito, coração...Uma alma que luta pra não se abaixar. Pra não se deixar abater. Por manter-se em pé, e também por ajudar muitas outras a se levantar...Esconde um espírito conquistador, que deseja conhecer os quatro cantos dessa Terra. Um que deseja o vento, que sonha com os topos mais altos das montanhas e busca as visões mais privilegiadas. Vamos ver até aonde esses ambiciosos habitantes de dentro das janelas irão levar esse par de óculos.....Ja, das bin ich!

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Onde está você agora?




Lendo? Trabalhando? Dormindo? Tomando café ou jantando? Assistindo TV? Na Internet? Onde está você agora?.....
Eu? Eu estou aqui. Sonhando com você. Sonhando em revê-lo. Sonhando com o seu colo e com o teu abraço...Sonhando...Sonhando que posso raptá-lo, que posso prendê-lo...Ser sua raptora e te levar pra bem longe. Pra onde o sol se põe. Onde haja árvores, cheiro de verde e terra... Onde haja som de pássaros. Onde também emane o cheiro de algo bem apetitoso do forno, que esta na cozinha. Onde haja uma rede. Onde haja almofadas de todos os tamanhos. Onde não haja mais ninguém. Só eu. Só você. Ser sua carcereira e ao mesmo tempo, sua prisioneira. Carcereira por submetê-lo à minha raptura. Prisioneira porque foi você quem com graciosa minúcia aprisionou-me o coração.

frase incrível de um amigo meu


Les désirs sont le pont à l'âme.

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Domingo inesperado



Ninguém poderia imaginar que aquele domingo terminaria daquela maneira. Tantos domingos iguais, tantas segundas e terças-feiras...Tudo igual. Muito amor no começo, muito cuidado. Promessas e juras de amor. Um pouco de ciúme, sempre achei que fosse natural. Após o casamento quem imaginaria que aquela semente de ciúme germinaria tomando as proporções de uma obsessão, calúnias insultos e humilhação? Não era amor, nunca foi. Ninguém tinha notado isso. Notei tarde demais.
Eu o conheci numa tarde de primavera. Um barzinho à beira mar e um dia muito agradável - nem tão quente, nem tão frio - recepicionaram o começo do que seria um amor eterno....Uma amiga me apresentou. Ela foi-se embora, tinha "compromissos", eu e ele ficamos. Tantos outros encontros se sucederam, mas sem a presença dessa minha amiga. Alguns meses de encontro, muitas flores e muitos bombons, confidências, amizade e admiração me levaram ao altar.
Notei pequenas estranhezas logo na lua-de-mel. Ele tinha muita pressa em me possuir! Nem pensou em me satisfazer, em ser gentil comigo como nas outras vezes. Desta vez foi diferente. foi frio. Satisfez-se de mim, rolou pro lado e dormiu um sono pesado. Quis chorar enquanto ele passava aqueles poucos minutos em cima de mim...Mas assim o fiz quando notei que ele realmente tinha pegado no sono. Já aliviada, pensei que aquilo foi só uma noite ruim e que noites melhores chegariam. Porém, noites apenas menos piores aconteciam dependendo do humor dele. Comecei a desconfiar que tivera eu feito uma má escolha...
Não gostei de saber, após a lua-de-mel, que moraríamos com a mãe dele. Não tínhamos planejado isso! Juntei minhas economias e entreguei a ele certa de que moraríamos num apartamento, só nosso! O seu pai tinha morrido já fazia anos, ele era filho único. A mãe (que venerava e o defendia em tudo) viveria sozinha. Restaria a ela morar com a sua irmã bem mais velha e sua mãe. Julgou (sozinho) por bem que todos moraríamos juntos.Nós, a mãe, a tia e a avó.
Todas muito subservientes a ele, tudo o que eu dizia que parecesse contra ele era motivo de bronca. A mãe e a tia eram praticamente escravas dele. A avó vivia acamada, caquéctica, nunca ouvi a voz dela...Precisava de cuidados especiais, mas a minha sogra e sua irmã transferiam a atenção e cuidados extras a ele! Comecei a me queixar, mas isso só piorava tudo. Nada que dissesse a elas faria alguma diferença.
Passei então a me queixar com ele, que por sua vez, gritava comigo. Passei a encará-lo e contrariá-lo...o dia em que eu, por vários e vários motivos, deixei de o satisfazê-lo como homem fui agredida... Fui pega com força incrível pelo braço, com a outra mão tapou com força e minha boca...tentei correr, mas foi inútil. Fui jogada na cama...senti todo o peso do seu corpo másculo cair em cima de mim, o cretino com aquela mão enorme continuou tapando a minha boca, e com a outra levantou uma de minhas pernas...nunca demorou tanto tempo pra sair de mim...Achei q morreria ali, Bem que quis...Pra quê continuar vivendo? Recebendo aquelas lambidas nojentas, ouvindo aquelas risadas de escárnio...A violência doméstica não parou com o tempo. Eu nunca conseguia me defender, pois sou pequena e fraca, o contrário dele. aquela casa me causava muito medo. O meu maior medo era o de engravidar. Ficava sempre atenta ao meu ciclo menstrual. Um dia de atraso já me causava um desespero interno. Quando isso acontecia eu me trancava no quanto e chorava... Não conseguia me imaginar cuidando de uma criança naquele ambiente tão opressor. Tudo me sufocava.Eu estava sozinha. Não tinha cúmplices, aquelas mulheres me odiavam, aquela casa grande só me rendia serviços domésticos infindáveis,à noite o meu marido me violentava...Passava algumas horas do meu dia conversando com a avó. Mesmo muda e inválida, sempre tive a impressão de que ela queria, com os seus olhos, me alertar de alguma coisa. Ela passou a ser a minha única companhia. Eu falava com elas algumas coisa engraçadas, nobres ou tristes que tinha visto na televisão, cuidava de sua alimentação e lhe dava banho...Em troca ela sorria pra mim. Isso era o suficiente para lavar a minha alma...
Um dia tive a oportunidade de ficar sozinha em casa. Aquelas cobras escravas do sádico que era o meu marido saíram, levaram a minha senil amiga ao hospital. Suspeitávamos que ela estivesse com pneumonia, tossia muito! O carrasco tinha ido trabalhar e eu fiquei só naquele casarão antigo, escuro e que cheirava mofo. O dia estava muito agradável, um sol lindo e um céu cheio de nuvens.Fiquei surpresa ao constatar isso ao abrir a janela. De súbito me veio um desejo de sair e aproveitar o dia, fugir! Fugir? Melhor não...Fugir sim! Comecei a fazer minhas malas! Aquelas mulheres demorariam a retornar e o desgraçado também. faltava muita coisa pra guardar. Eu não sabia para onde iria e nem como iria... Minha família estava toda no interior do estado.Eu em Santos, apenas a trabalho, retornaria dentro de um ano. Mas, antes de terminar o prazo do contrato com a empresa em que trabalhei, fui demitida. Não quis avisar ninguém. Logo me casei. A minha família soube do meu casamento, mas não que eu estava desempregada...Achei melhor assim, quis passar a impressão de que tudo andava bem...Para voltar eu precisava dispor de uma certa quantia de dinheiro. Quantia essa que eu só dispunha de um quarto! Mas não quis pensar muito nisso...
O tempo estava passando, estava chegando perto do horário do almoço. O telefone tocou! Era o meu carrasco. Avisava que (excepcionalmente) naquele dia almoçaria em casa, ordenou que eu aprontasse o almoço, e logo! Eu respondi afirmativamente (fiquei branca imediatamente, dura como uma pedra, minhas mãos gelaram! Ele trabalhava perto de casa. Em menos de dez minutos estaria lá, me vendo de roupas trocadas e malas prontas! Pânico!) sem pensar bati o telefone. Derrepente eu tive a intuição de que, com a minha atitude "grosseira", voltaria ainda mais rápido para revidar e não dar o braço à torcer! Resultado: cinco minutos depois ouvi o portão batendo com força! Nosso quarto estando no térreo, abri a janela e saí apenas com uma mala nas mãos, tentando me apressar e fazendo o mínimo de ruídos possíveis! Saí pelos fundos. Corri até o outro lado da rua. Minha salvação: Um táxi! Entrei nele sabendo que eu tinha no bolso cinco reais. Mal conseguindo falar (dicção perturbada por causa do meu pavor) ordenei que me levasse ao litoral. Notando a minha situação de desespero, minha palidez facial, sem me indagar o motorista assim o fez. Estando eu dentro do carro, logo me abaixei temendo que o verme estivesse me vendo! No caminho, que levaria uns trinta minutos, confessei em linhas gerais a minha situação para o taxista. Para a minha sorte, ele tinha um espírito cristão, não me cobrou a viagem e meu deu um cartão. Disse que eu poderia lá encontrar um abrigo temporário. Já na praia eu me despedi do taxista e ele de mim (que pareceu se compadecer de mim). Ele se foi.
Estava usando um casaco já velhinho que tinha mas que gostava, com uma mala e um maço de cigarros nas mãos. Me dirigi em direção ao mar, prometendo a mim mesma que a minha vida seria diferente...Joguei o cigarro já aceso pro lado, larguei o casaco e a mala sei lá onde e continuei caminhando sem rumo na areia da praia....

terça-feira, 29 de junho de 2010

dividir uma imagem incrível...


Nessa postagem queria registrar pra poder nunca me esquecer dessa imagem que eu vi no metrô, semana passada...Registrar também pra poder dividir isso com quem mais quiser ler....
Como havia dito, estava no metrô de São Paulo. Linha azul. A caminho da Zona Norte da cidade, como sempre faço. Rumo a minha casa. Por ser perto de 6h da tarde, como de costume, o metrô estava bem rico, demograficamente falando! Quando consegui me sentar um um banco, tive uma visão privilegiada e linda. Adorável... Duas figuras tão contrastantes inteiramente sintonizadas e em harmonia. A saber, as figuras eram do sexo masculino. Um homem e um bebê. O homem tinha o seu cabelo o pelos da face todos já brancos, mas esbanjava um espírito jovem. Era um homem que aparentava ter uns 60 e poucos anos de idade. Era bem claro de pele. Olhos claros, um perfeito gringo! Não parecia nem brasileiro, mas devia ser sim...falava português perfeitamente natural. O Bebê devia ter um ano. Pouco mais ou menos (sou péssima para chutar a idade das pessoas). Aquela criança era mulata, cabelo tão pretinho! Tinha a aparência de ser gerado por pessoas nascidas no nordeste do nosso vasto país. Aquele pequenino mal consegui ficar em pé, mas se esforçava! O senhor, que se referia ao menino como pai, se divertia com ele e se ocupava em segurar o mulequinho cheio de vida pelas mãos. Verdade que o pequeno estava ávido por se soltar da mão do pais e explorar o vagão, mas não andava muito bem devido a sua pouca destreza nas perninhas. Assim, o pai driblava o menino ensinado coisinhas pequenas pra distrair o seu filho enquanto não era chegada a hora de desembarcar. Pai e filho se divertiam. O pai ensinava uns ruídos do que parecia ser uma canção enquanto batia um dos pés, simulando assim uma dancinha. Os olhos daquele menino brilhavam, como se o pai estivesse apresentando a coisa mais legal que ele tivesse visto em sua curta e recente vida...O menino olhava e repetia, desajeitado, o que o pai fazia! Lindo os dois cantando e batendo os pés juntos. Linda sintonia. Era lindo e aconchegante ver como ambos se tratavam. Em dado momento o pai pega o seu menino no colo de forma brusca e divertida. Ele olha para o seu filho e faz confissões de amor. Nunca vi coisa igual! O menino, embora entendesse muito pouco sobre o mundo verbal, sabia que era amado. Embora estivesse bloqueado nos braços do sei pai, se sentia livre...Não se sentia censurado por ter sido retirado do chão, antes, continuou a brincadeira! Notando que uma moça estava um silêncio na sua frente, lendo um livro - ele que estava de frente pra ela, e ela de costas pra ele - sentiu desejo de "conversar" com ela! kkkkkkk...Não sabia falar nada, logicamente. Por isso emitia sonsinhos e gritinhos muito engraçados! a moça continuou da mesma forma, lendo e ignorando, e o mocinho continuava na sua tentativa de iniciar uma conversa!kkkkkkkkkk...
Nossa, ver tudo aquilo valeu o meu dia. Duas figuras tão diferentes. Tão iguais. Mesmo espírito, muito mágico. Pude ver que apesar da loucura absurda e frenética dos últimos dias, o amor continua existindo... Que não existe idade para amar, para servir, para cuidar, para receber amor, pra deixar um legado nobre para as próximas gerações... Fantástico! Naquele dia me senti grata a Deus por ter olhos pra enxergar aquela visão, e por ter um pouquinho de sentimento pra não deixar passar os meus olhos distraídos sobre aquela lição de vida tão profunda. Lição esta que me dizia que mesmo que o mundo seja tão impregnado de maldade, o amor ainda não morreu...
Quando me dei conta, notei que eu não tinha desviado a minha atenção da cena desde que tinha entrado no vagão. Então, um pouco envergonhada por me sentir enxerida, comecei a passear meus olhares pelo vagão. Sabe o que foi que eu notei? Que assim como eu muitas outras pessoas estavam apreciando aquela cena tão doce! Algumas até com um sorriso discreto querendo terminar de se formar no rosto. Fiquei feliz por isso. Pude notar também, com isso, que as pessoas, mesmo na canseira e correria do seu dia-a-dia ainda foram capazes de saírem do seu estado de ausência de espírito e se sintonizarem...notarem aquele pai e aquele filho...tenho certeza que cada um ali, assim como eu, pode tirar uma boa lição daquilo. Cada um a sua maneira. Mas aquilo não passou desapercebido! Talvez alguns estivessem se lembrando como era cuidar de seu filhos quando eles eram tão pequenos...Coisa incrível! Milagre da empatia, milagre da vida, milagre de Deus....Sou grata por viver

primeira postagem^^


Esse texto foi escrito o ano passado, inpirado por um momento de duvida e amor. Quando queria muito estar perto de alguém, mas não sabia como... Amor por uma pessoa que hoje é indispensável na minha vida...Foi chegando de mansinho, e logo me arrebatou o coração...Te amo meu príncipe monstrinho^^


A solidão desperta os sonhos
Sozinha no quarto penso em quem eu sou
Quem gostaria de ser
Com que gostaria de "aprender" a ser

Sozinha não estou só.
Sozinha estou com você.
Sozinha tenho você.
Tão longe...tão perto...

Sozinha posso ser (ou estar) quem (ou com quem) eu quizer....
De tudo posso fazer.
No silêncio mil palavras posso dizer.
Usando minha voz
não ultrapasso a gagueira. Má dicção.

Não sou boa com palavras
Não sei falar
Só sei sentir.


Haifa O. Rodrigues

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Comentário "abre alas"




Uma vez lí uma crônica de um amigo meu que dizia algo muito incrível! Lá dizia que quem não escreve nada, mesmo tendo frequentado a escola é algo preocupante...Não escrever uma lista de compras ou um rol de amigos que iremos convidar para uma feijoada, mas "escrever como quem sente a palavra ventania como a véspera de um furacão; o beijo com os lábios quentes e trêmulos; amigo como se déssemos um caloroso abraço; entardecer como se víssemos o crepúsculo, tom sobre tom, se desmanchando com o azul do céu até tudo torna-se escuro". Ou seja, escrever é a arte registrar. Registrar aquilo que estamos sentindo. Acho isso fundamental, pois sentir é viver. Escrever o que se sente é viver com maestria. Todos nós deveriamos usar a ferramenta da escrita pra mostrar quem relamente somos. O que pensamos. Afinal de contas não somos somente corpo, mas também mente espírito e alma. Viver não é só agir, mas também pensar. É essa fobulosa combinação. É exatamente isso que nos diferencia dos Neanderthais. Divagações a parte, essa crônica que lí me deu um impulso para começar a escrever e reescrever coisas das quais escrevo. Nesse espaço posso muito bem fazer isso e, melhor, posso dividir e ler os comentários de quem leu. Espero que todos se divirtam reflitam um pouco por aqui!